Apesar de ter saído da Marinha Grande e do Museu do Vidro há já alguns anos, nunca perdi a ligação intelectual e afectiva ao Museu do Vidro, ao vidro e à Marinha Grande e assim, sempre que a oportunidade surge, falo sobre esses assuntos ou recolho informação sobre eles. O site é uma carolice que resulta desse interesse pessoal e a sua insuficiência é directamente proporcional ao pouco tempo que posso dedicar a estes assuntos.
Verifiquei há algum tempo que apesar do seu amadorismo mantém uma certa regularidade no número de visitantes. Por outro lado, fui sempre recebendo e-mails de visitantes, principalmente de jovens, uns que me solicitavam informação sobre aspectos do vidro para trabalhos escolares, outros a agradecerem-me a utilidade que o site teve para eles, etc. Inicialmente, só se destinava a apresentar, sumariamente, as bases do projecto do Museu e uma parte dos textos que serviram para o abrir e de onde se extraíram os letterings das exposições. Mas este interesse de alguns internautas motivou-me para lhe dar uma certa renovação. E assim, neste novo formato, já nao se limita a apresentar o Museu mas, também, a dar informação sobre diversos aspectos relacionados com o vidro e o Museu, e também a discuti-los - por isso nasceu este blog.
Nesta medida, espero que o blog também possa servir para o encontro dos aficcionados do vidro, bem como de vidreiros e artistas, profissionais dos museus e educadores, entre outros, que queiram divulgar trabalhos ou eventos, dar-se a conhecer, ou levantar dúvidas, fazer críticas ou, simplesmente, falar sobre o vidro de qualquer ponto de vista.
Mas o vidro é uma substância primordial e nessa medida tem acompanhado a história do Homem e está presente nas suas mais diversas manifestações culturais, na arte, na poesia, na literatura, na imagética popular e na tradição oral, sendo simultaneamente um recurso e um núcleo de produção metafórica. Seja qual for o prisma (!) pelo qual se observe (e atenção ao jogo de reflexos), o vidro pode entrar neste blog como a luz entra pela vidraça... É fácil e natural abusar das metáforas e das comparações, tratando-se de vidro, não é?
A todos que até hoje visitaram o site do Projecto Museu do Vidro e àqueles que o estão agora a visitar neste formato de Portal, e ainda aos blogonautas que por aqui passarem, o meu obrigado e as minhas boas-vindas. Bem hajam.
Meninos vidreiros (carvão)
Ao Sol (óleo da série Helioburgos)
